A Estação das Docas recebeu na noite
do último dia 8, terça-feira, a abertura exposição “Miriti das Águas” que faz parte da
programação do “Nazaré em todo o canto” promovida pelo Governo
do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult-Pa), com apoio
da Organização Social Pará 2000 que administra o complexo turístico. A
mostra tem a curadoria do artista plástico Emanuel Franco e ficará aberta ao
público até o dia 18 de outubro.
A exposição é composta por peças produzidas a partir da fibra do miriti. Esse tipo de técnica de artesanato tem origem no município de Abaetetuba, nordeste do Pará. Os trabalhos são inspirados no Círio de Nazaré e incluem três réplicas de barcos em tamanho natural, 150 garças, 110 guarás e 110 espécies variadas, além de outras peças.
A exposição é composta por peças produzidas a partir da fibra do miriti. Esse tipo de técnica de artesanato tem origem no município de Abaetetuba, nordeste do Pará. Os trabalhos são inspirados no Círio de Nazaré e incluem três réplicas de barcos em tamanho natural, 150 garças, 110 guarás e 110 espécies variadas, além de outras peças.
Um dos barcos em tamanho natural |
Para o curador Emanuel Franco, a
mostra que está em sua terceira edição contribui para a valorização do
artesanato genuinamente paraense. “O objetivo maior dessa mostra é difundir a
produção artesanal do nosso estado, para que essa produção continue cada vez
mais significativa e seja mais valorizada no Estado e no Brasil”, ressaltou o
artista plástico.
O secretário de cultura, Paulo
Chaves, que participou do projeto criativo de composição junto com Emanuel,
destacou que as garças e guarás presentes em grande quantidade por todo o
espaço representam mais do que a fauna típica do Estado, pois simbolizam as
cores (branco e vermelho) da bandeira do Pará. “As garças e guarás são uma
representação da bandeira do Estado e os voos coletivos que pretendemos
impulsionar. Essa é uma exposição surrealista importante, com certa magia
provocativa que mistura imaginação e realidade”, enfatizou.
Os guarás e garças que simbolizam as cores da bandeira do Estado |
O artesão Augusto Costa ao lado de sua obra premiada |
Durante abertura, também houve a
premiação das obras. Cada artesão premiado recebeu a quantia de R$ 1.700. Seu
Augusto Costa de 43 anos foi premiado juntamente com seu filho, Augusto Costa
Júnior, de 22 anos. Segundo o artesão, a família está trabalhando desde o mês
de abril com encomendas para esse período e já confeccionou mais de 200 peças
de diversos tamanhos. A premiação é um reconhecimento do trabalho. “Quando
ligaram de manhã para falar que a minha peça e a do meu filho tinham sido
premiadas foi muita felicidade. É muito gratificante o reconhecimento do nosso
trabalho. Esse dinheiro irá nos ajudar muito no orçamento”, afirmou Augusto
Costa.
“O diferencial da exposição é que ela agrega
elementos da cultura paraense a essa técnica de artesanato que são
características da nossa região, o miriti tem uma simbologia muito forte que é
ressalta neste período das festividades do Círio de Nazaré. Com certeza, esses
objetos tão peculiares irão atrair a atenção tanto dos turistas quanto dos
paraenses”, destacou a presidente da Associação Brasileira de Jornalismo de
Turismo (Abrajet-Pará), Isa Arnour.
No período da exposição, o público
poderá participar de oficinas ministradas por quatro artesãos do município de
Abaetetuba. Eles vão ensinar as técnicas utilizadas na produção de peças com a
fibra de miriti. As aulas serão das 10h às 18h. Mais informações: (91)
3212.5525.
Por Lorena Palheta, de Belém
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