quinta-feira, 27 de março de 2008

Leia na Eco 21: Trilhas do Marajó são modelo para Mosqueiro

Uma das peculiaridades do Arquipélago do Marajó são as trilhas ecológicas exploradas por turistas de todos os continentes. Caminhos abertos no meio da floresta, próximos a rios, igarapés, manguezais e até oceano, que permitem aos visitantes um contato com a flora, fauna e outras riquezas que só são encontradas lá, na maior ilha fluvial-marítima do mundo. A Prefeitura Municipal de Belém, através da Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur), enviou técnicos até a ilha para conhecer e avaliar aspectos positivos dessas trilhas que podem servir de modelo para o projeto de recuperação e ampliação das trilhas de Mosqueiro e Outeiro, em especial as trilhas do Olho D´Água e Mari Mari (Mosqueiro) e Trilha do Carataeua (Outeiro).“Queremos ampliar nossos conhecimentos com essas experiências reconhecidamente bem sucedidas”, disse Wady Khayat, coordenador da Belemtur, que esteve na ilha, no último dia 25. Khayat também participou da 27ª Reunião Ordinária do Fomentur - Fórum Estadual de Desenvolvimento Turístico do Pará, do qual faz parte a Belemtur. O evento discutiu as ações e projetos que visam fortalecer o turismo paraense em seus seis pólos, incluindo Belém e Marajó.Uma das trilhas visitadas pela Belemtur, no Marajó, foi a Trilha dos Mangueiros Apaixonados, localizada na Fazenda São Jerônimo, no município de Soure. O lugar é visitado por turistas de várias partes do mundo e se consolidou como uma das mais belas trilhas do arquipélago.A turismóloga Luciana Mendes, responsável pela pesquisa no Marajó e pela implantação das trilhas de Belém e entorno, ficou impressionada com a beleza do lugar. “Vamos poder levar para Mosqueiro e Outeiro a técnica usada aqui para construir as pontes sobre o mangue. A forma como os moradores guiam os turistas narrando lendas e mitos que fazem parte da realidade do Marajó também pode ser aproveitada em nossos distritos, ao envolvermos as comunidades no projeto”. Impressionou também o jeito marajoara de receber o turista, como faz seu Raimundo Brito, de 72 anos, proprietário da fazenda que conduz o passeio sempre narrando a história, as características e geografia da região, aspectos peculiares, por exemplo, dos índios maruanazes e mundis, da Tribo dos Aruãs, primeiros habitantes da região.A nova trilha de Outeiro é a de Caratateua. Envolve 870m a partir da Escola de Pesca, na rua Evandro Bonna com a passagem São José, conhecida também como passagem Olho D´água, pela abundância de fontes naturais de água que jorram da floresta. O roteiro envolve 10 minutos de caminhada na floresta densa, com direito a apreciar vegetação típica da Amazônia, incluindo árvores frutíferas como açaí, cupuaçu, abiu, bacuri, cacau, jaca e tucumã. Árvores centenárias de eucaliptos e seringueiras também podem ser observadas. Uma primeira parada é em um trapiche de madeira às margens de um braço do rio Maguari, de onde dá para observar o processo de desenvolvimento de caranguejos e a alta e baixa da maré. Seguindo pela trilha é encontrado um lugar inusitado, o Barracão do Tem Tem, residência humilde de um casal de ribeirinhos que é referência para a cultura local. Fica na comunidade Trindade, bairro de Itaiteua.
Benigna Soares
Jornalista
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