segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Bailarinos paraenses participarão de projeto pioneiro nos Estados Unidos

Companhia Mirai
 Quatro bailarinos paraenses estão entre os sete brasileiros escolhidos pela embaixada dos Estados Unidos no Brasil para realizar um intercâmbio de quase 20 dias em cidades americanas como Washington, Nova Iorque e Los Angeles. Os jovens irão participar de um projeto pioneiro do governo americano chamado “Youth empowerment through hip hop” (Empoderamento através do hip hop, em tradução livre), que utiliza a cultura do hip hop como ferramenta de transformação social e reúne artistas como grafiteiros, rappers, dançarinos de rua e ativistas comunitários.

Os jovens embarcam na próxima segunda-feira, 27 de agosto, para os Estados Unidos e lá terão aulas e vivências com organizações e artistas americanos. No Pará, foram escolhidos os bailarinos Nigel Anderson, Franco Salluzio e Angélica Monteiro, membros da Companhia Mirai de Dança, além de Ismael Rodrigues, também bailarino de hip hop local.

Um dos primeiros contatos da embaixada americana com a classe da dança paraense aconteceu em maio deste ano, em Belém, durante a realização do projeto “Dancing to connect”, ministrado pela Battery Dance Company, companhia de dança de Nova Iorque. O evento teve o apoio do Instituto de Artes do Pará e do Propaz, em parceria com a embaixada dos Estados Unidos.

Para o bailarino Nigel Anderson, a experiência adquirida no intercâmbio beneficiará não apenas os jovens escolhidos, mas todo o cenário do hip hop paraense. “Esse intercâmbio é uma oportunidade de vivenciar e conhecer o berço da cultura hip hop e trazer mais da diversidade desse universo para a nossa região, mais importante ainda é perceber como a boa utilização destas artes podem se empoderar de significados e gerar impactos positivos na sociedade”, afirma o bailarino

Sendo um dos grupos de hip hop que ganha grande destaque em Belém e fora do Estado, a Companhia Mirai foi criada há aproximadamente 05 anos e vem trilhando um caminho autoral, utilizando o Hip Hop em um contexto contemporâneo. ““Nós, da Companhia Mirai, temos trazido nesses anos de existência o máximo de conhecimento possível das diversas danças urbanas existentes para o cenário local, que ainda é fortemente reconhecido pelo breakdance”, explica Nigel.

Em 2011, a Companhia realizou duas temporadas de “Cinesiofagia Urbana”, primeiro espetáculo do grupo, criado a partir de pesquisas que apresentavam olhares e suas impressões sobre os corpos, costumes e nuances da vida contemporânea. A apresentação misturou linguagens artísticas diversas como as artes visuais, a fotografia e o audiovisual. A Mirai também foi a primeira companhia de dança de rua paraense a ser selecionada para o Festival Internacional de Curitiba.

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