sábado, 28 de março de 2009

Belém foi a primeira capital da Amazônia a confirmar participação na “Hora do Planeta”. A mobilização, que acontece em nível mundial, coordenada pela Rede WWF - World Wildlife Fund, alerta para um problema que vem crescendo em escala preocupante: o aquecimento global.

Na noite deste sábado, 28, durante uma hora, milhares de pontos de luz distribuídos em casas, prédios residenciais e comerciais, vias públicas e monumentos ao redor do planeta foram apagados, num gesto simbólico pela preservação e uso sustentável das florestas. Na capital paraense, a Prefeitura, como gestora de espaços públicos, decidiu aderir à causa. Sob a coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), as luzes que iluminam os mercados do Ver-o-Peso, de São Brás e o Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves foram apagadas por 60 minutos.
A WWF calcula que mais de um bilhão de pessoas em cerca de mil cidades participem da 'Hora do Planeta".
A “Hora do Planeta” foi o meio que a WWF encontrou para incentivar a sociedade a manifestar sua preocupação com o aquecimento do planeta. No Brasil e, em especial, na Amazônia, também tem por objetivo alertar para o problema do desmatamento e das queimadas, principais fontes emissão de gases de efeito estufa. Em nível global, a mobilização tem por meta influenciar as autoridades mundiais a assinarem um Acordo Global de Clima, espécie de protocolo de intenções a ser estabelecido durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em Copenhagen, capital da Dinamarca, em dezembro

O ato de apagar as luzes como forma de protesto foi escolhido exatamente por se tratar de um gesto simples e de considerável visibilidade, que pode ser adotado por qualquer pessoa em todo o planeta. "Apagar a luz, no nosso caso, é sinalizar que como brasileiros estamos preocupados com o aquecimento do planeta e queremos dar nossa contribuição para a solução do problema, combatendo o desmatamento. Desligando a luz por 60 minutos, a população poderá demonstrar o quanto valoriza nossas florestas em pé, a sua preservação e uso sustentável e o combate ao aquecimento global", argumenta o secretário municipal de Meio Ambiente, José Carlos Lima.

O ato de apagar as luzes, no Brasil, não tem relação com economia de energia, que tem como principal fonte a produção proveniente de usinas hidrelétricas, diferentemente de outros países participantes da Hora do Planeta, que produzem energia elétrica a partir de combustíveis fósseis como carvão, gás e diesel. É, antes de tudo, um ato que simboliza a eficiência, o uso dos recursos com inteligência e responsabilidade. A ação, no entanto, não se limita a apagar as luzes dos monumentos ou de algumas avenidas. É importante que o cidadão comum também colaboração desligando as luzes de um ou mais cômodos de sua residência durante uma hora, para dar mais amplitude ao movimento.

O ano de 2009 é considerado crucial para o futuro do planeta. Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases que produzem o efeito-estufa.

No Brasil, o desmatamento das florestas – principalmente Amazônia e Cerrado – é responsável por 75% das emissões de gás carbônico, o principal causador do aquecimento global. No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.
Sobre o WWF - A WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza, e que tem como missão harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade, além de promover o uso racional dos recursos naturais em benefício das atuais e futuras gerações. Conhecida globalmente como Earth Hour, a "Hora do Planeta" é uma iniciativa que acontece em âmbito global para conter o avanço das mudanças climáticas.

Texto: Toni Remígio - Assessoria de Comunicação da Semma

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