Na última segunda-feira, 9, ocorreu na Estação Business (Estação das Docas - Mezanino Boulevard da Gastronomia), a I Conferência Livre de Gastronomia da Amazônia promovida pelo Instituto Paulo Martins. O encontro possui o aval do Ministério da Cultura e inicia diálogo oficial da gastronomia como cultura. Desse modo, o objetivo do evento foi discutir propostas que serão apresentadas na III Conferência Nacional de Cultura, que acontecerá no mês de novembro.
Ao todo, foram apresentadas e debatidas vinte propostas que englobaram a valorização da gastronomia tradicional brasileira, em especial a amazônica, a discussão de políticas públicas voltadas para esse setor, o estudo da cultura alimentar e o resgate das tradições e costume indígenas, afrodescendentes, ribeirinhos, entre outros.
“A gastronomia é um assunto que deve ser levado à comunidade, para que a partir daí nós tenhamos políticas públicas voltadas para esse setor. A sociedade em geral deve ter a compreensão que a gastronomia não está ligada à elite, mas sim a cultura do nosso povo”, destacou Joanna Martins, que esteve à frente da Conferência.
Estiveram presentes na Conferência cerca de trinta pessoas, entre chefs de cozinha, donos de restaurantes e representantes de entidades ligadas ao turismo paraense.
“O brasileiro em si se subestima e tem a mania de só achar bom o que é de fora. A culinária paraense é reconhecida e respeitada internacionalmente. Por isso, a gastronomia é uma grande aliada no reconhecimento e valorização do que é nosso”, concluiu Joanna Martins.
Instituto Paulo Martins: valorização da culinária paraense
Arquiteto por formação, Paulo Martins possui reconhecimento internacional como o “Embaixador da Cozinha Paraense”, pelo seu trabalho de divulgação e aprimoramento da gastronomia do Pará. Paulo foi o idealizador do festival “Ver-o-Peso da Cozinha Paraense”, realizado desde 2000. No dia 9 de setembro fez três anos da morte do chef.
O Instituto Paulo Martins é uma entidade sem fins lucrativos, criada com o objetivo de promover o estudo e a divulgação da gastronomia paraense e amazônica brasileira, realizando ações práticas de pesquisa e capacitação tecnológica, social e cultural.
Por Lorena Palheta, de Belém
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