quarta-feira, 24 de junho de 2009

Catamarã Álamo realiza sonho marajoara de ligação fluvial regular com Belém












Quando, após solenidades de praxe (inclusive, banho de chanpagne no casco), o catamarã “Álamo” finalmente singrou as águas da Baía do Guajará rumo ao porto de Camará, em Salvaterra, estava concluído um grande esforço do governo do Pará para tornar realidade um sonho acalentado, há décadas, pela população marajoara de ter uma linha fluvial regular com a capital paraense. A viagem inaugural, da qual participaram a governadora paraense, Ana Júlia Carepa, o ex-governador e empresário Carlos Santos, secretários de Estado, dirigentes de órgãos estaduais e municipais, representantes de órgãos de comunicação (jornalistas e radialistas) e convidados transcorreu dentro do previsto e agradou a todos os que desfrutaram das facilidades oferecidas pela embarcação, principalmente a redução de tempo no percurso.
Um fato inusitado chamou a atenção dos participantes dessa viagem inaugural do catamarã “Álamo”. Um casal de turistas, procedente do Rio de Janeiro, foi autorizado a embarcar e não escondeu seu contaentamento durante todo o percurso. Pedro da Ponte e Maria José Correa Pinheiro, ambos de meia idade, pela primeira vez visitam Belém e se mostraram felizes pela oportunidade de conhecer o Marajó, em uma embarcação sofisticada e ao lado de autoridades e da imprensa. “Sempre viajamos para o Sul do país. Agora, resolvemos conhecer o Norte e o Nordeste. Esta é uma região ainda bastante virgem, onde pretendemos ver atrações como os búfalos em seu habitat e ainda produtos oriundos dessa espécie animal, como leite e queijo”, disse Maria Corrêa Pinheiro.
A viagem teve sabor de lua de mel para o casal da Melhor Idade. Segundo Pedro da Ponte, sua acompanhente Maria José Corrêa lhe pediu mais de 50 vezes para vir conhecer o Ver-o-Peso e o Marajó. “Como ela fez anioversário, resolvi lhe dar como presente esta viagem e aqui estamos nós, desfrutando dessa agradável viagem”. O casal não deixou de posar para fotógrafos junto com a governadora Ana Júlia Carepa.
Reunião da Governadora com o trade
Durante a viagem, a governadora Ana Júlia Carepa, acompanhada pela presidente da Paratur, Ann Pontes, se reuniu com representantes do trade turístico local, entre os quais, Rui Martini, presidente da ABAV; Joacyr Rocha, presidente do Sindtur, e Altair Vieira, presidente da Associação Comercial do Pará, e Ranilson Trindade, presidente do Pólo Amazônia Atlântica, oportunidade na qual foi apresentado um quadro real do setor, feitas reivindicações e apresentadas algumas sugestões para que seja fortalecida a parceria entre o Governo do Estado e a iniciativa privada.
Operacionalizada pela Companhia de Portos e Hidrovias (CPH), a ação é uma iniciativa do Governo do estado para potencializar o tuirismo no Arquipélago do Marajó, uma das regiões mais conhecidas e procuradas por visitantes do Brasil e do exterior. Com capacidade para 185 passageiros, o catamarã Álamo sairia, diariamente, de Belém, partindo da Estação das Docas, às 8h30. A previsão de retorno de Salvaterra é para as 15h30. Porém, conforme informações de empresários da área de transporte fluvial presentes à solenidade na Estação das Docas, um aditivo foi assinado para que os horários de saída de Belém e de retorno de Salvaterra, sofram um adiamento de meia hora, passando a embarcação a sair de Belém às nove horas e a deixar o porto de Camará (Salvaterra) às 16 horas.
O presidente da CPH, Nilton César Almeida Queiroz, diz que “No sistema atual de transporte ao Marajó, a viagem é de três horas, três horas e meia, dependendo da maré. A nossa expectativa é que, em um primeiro momento, tenhamos 70% de ocupação do catamarã, percentual que irá se confirmar ou não após a viagem inaugural. A nova embarcação atende a um clamor da população do arquipélago e do setor do Turismo, principalmente agências e hotéis que operam na ilha”.
Essa demanda consta do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Marajó, elaborado pelo Governo Federal em parceria com o Governo do Estado, como instrumento de fortalecimento do Turismo.
Comercialização de passagens
Em Belém, a venda de passagens acontecerá em um quiosque localizado no terminal fluvial da Estação das Docas. As passagens poderão, ainda, ser adquiridas no terminal hidroviário de Camará (Salvaterra), cedido pela Agência de Regulação de Serviço Público do Pará (Arcon) e nos centros comerciais de Soure e Salvaterra, em quiosques fornecidos pelas prefeituras dos referidos municípios.
A criação desta linha de transporte foi viabilizada pela CPH por meio de um contrato com a empresa Henvil Transportes Ltda. Para oferecer o transporte, a CPH realizou uma licitação pública, da qual participaram três empresas, sendo duas paraenses e uma paraense. O processo de implantação da nova embarcação começou em janeiro deste ano, com a realização de um pregão eletrônico, modalidade de licitação que resultou em uma redução de 30% no preço inicial.
“Esta linha é seletiva. A tarifa custará quase o dobro da que é cobrada no sistema atual, por uma viagem mais rápida, que demanda consequentemente mais combustível, e confortável. O valor mais também evitará migração do sistema atual para nova embarcação, que resultaria em impacto no equilíbrio financeiro das empresas que j´pa estão no mercado”, ressalta César Queiroz, presidente da CPH.
A escolha do porto de Camará como destino final no Marajó se deveu ao fato do mesmo ser estratégico para quem vai ao arquipélago, estando a menos de 30 minutos de Soure, onde é possível chegar por rodovia, seqüenciada por uma travessia de balsa. De Camará, o turista pode, também, optar por destinos como os municípios de Santa Cruz do Arari e Cachoeira do Arari, que dispõem de interesantes atrações turísticas.
(Nilton Guedes- Diretor de Comunicação da Abrajet/Pará-Agência de Notícias Gerais)

Um comentário:

  1. Acabo de encontrar um blog onde posso postar argumentos sobre o que eu acho a respeito do turismo no Pará.
    Esperem elogios, críticas e sujestões de minha parte.

    Vou começar:
    Elogios: para o blog e para o novo catamarã classe A que leva passageiros, turistas, para o Marajó.

    Críticas: faltou dizer o valor, atual, da passagem nessa nova embarcação.

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