Belém acaba de completar 395 anos e como todo aniversariante veste seu melhor figurino. Neste caso, boas expectativas para impulsionar a economia paraense com novos investimentos em uma das suas principais atividades econômicas, o turismo. A esperança vem depois de quatro anos de retrocesso na área, pela falta de investimentos e principalmente pela ausência de promoção e comercialização do destino Pará.
As novas expectativas são motivadas, especialmente, pelo compromisso assumido pelo governador Simão Jatene, de colocar o turismo entre os eixos prioritários de sua gestão. "Nossa prioridade é retomar o Plano Estadual de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará. Depois, vamos investir em promoção e divulgação dos produtos turísticos paraenses, e ainda trabalhar a articulação de todos os setores: públicos, empresariais, não governamentais". Afirma Adenauer Góes, novo presidente da Paratur – Companhia Paraense de Turismo, pasta que recebeu de Jatene.
A maior expectativa de Belém, enquanto pólo turístico, neste momento é quanto à articulação que poderá ter para se desenvolver como um dos 65 Destinos Indutores do Turismo Internacional, assim eleita pelo Ministério do Turismo, juntamente com o pólo Tapajós e o Marajó. Essa articulação se fortalece à medida que houve uma ampla adesão ao Grupo Gestor, articulada pela Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur) e pela Paratur, dos municípios que integram a Região Metropolitana de Belém.
Maiores ainda são as possibilidades de Belém, no momento em que é do Pará a nova secretária Nacional de Políticas de Turismo, Izabel (Bel) Mesquita, que reuniu com o trade paraense no dia 18 de janeiro, na sede da FAEPA, em Belém. A ex-prefeita de Parauapebas, que embora tenha vindo ao Pará na década de 80 diz se sentir genuinamente paraense, afirma que é prioridade o apoio ao turismo paraense. "Nós conhecemos Belém lá fora como uma cidade muito bonita. No contexto geral, a gente pensa que conhece a cidade, que conhece o Brasil. Mas há muito o que divulgar, há muito o que conhecer", disse ela, para quem a política é ferramenta importante nesse processo de investimento no turismo, por que é mecanismo de articulação, debate e avanços.
A secretária deixa claro que sua política de investimentos contemplará setores como o turismo rural e pequenos empreendedores, e destacou a importância de parceiros como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Companhia Paraense de Turismo (Paratur), que por várias décadas sempre foi referência nacional e internacional em termos de ações turísticas.
Isabel Mesquita tem como desafios na gestão do turismo nacional a promoção dos Jogos Olímpicos e a Copa de 2014. "O turismo vai deixar de ser só glamour. Vamos brilhar, levar para fora Belém, o Pará", garantiu ela, que assume a Secretaria no início de fevereiro, com a missão de auxiliar na formulação, elaboração e monitoramento da Política Nacional de Turismo.
Belém – A cidade de Belém foi fundada em 1616. Sua vocação para o turismo é, ao contrário de muitas cidades brasileiras, em vários segmentos: turismo de eventos, ecoturismo, turismo cultural e histórico, turismo gastronômico, religioso, etc.
A cidade tem como um dos seus principais cartões postais o complexo Ver-o-Peso, que em 2008 foi eleito pela Revista Caras uma das Sete Maravilhas do Brasil. Guardião de um rico patrimônio histórico, o Ver-o-Peso tem em sua arquitetura, características da segunda metade do século XVII, é herança da belle époque, quando a influência européia, em especial da França e Portugal, se acentuou graças aos lucros obtidos com o Ciclo da Borracha. Essa beleza se reflete por toda a cidade. Teatro da Paz, Palácio Antônio Lemos, Museu Goeldi, Jardim Botânico Rodrigues Alves, praça da República e praça Batista Campos, são algumas das referências para quem deseja conhecer a cidade.
Na gastronomia, o tacacá, pato no tucupi e maniçoba comandam um cardápio que já conquistou grandes chefes do mundo, atraídos pelo saudoso embaixador da gastronomia paraense, o sempre chef Paulo Martins, que embora tenha recebido um chamado divino merece reconhecimento e respeito pelo trabalho que desenvolveu, de forma pioneira por várias décadas.
Nestes 395 anos, Belém, silenciosamente, faz uma reflexão sobre tudo o que conquistou até aqui e sobre como quer chegar aos seus 400 anos. Lá fora, a música, seja carimbó, calypso, ou outros ritmos, vai ecoando o desejo do povo paraense, um dos mais carismáticos do Brasil, de bem receber aqueles que buscam nossas riquezas, nosso destino turístico. Sabem todos aqueles que fazem parte deste processo de recondução de Belém ao status de Metrópole da Amazônia, que ainda há muito o que construir, mas acima de tudo, há muito o que preservar.
Belém: capital do Pará
Títulos: Metrópole da Amazônia, Cidade das Mangueiras, Cidade Morena, Terra do Tacacá e do Açaí
- Maior cidade na linha do Equador
- Segunda cidade mais populosa da Região Norte
- Segunda maior Região Metropolitana do Brasil
- Característica: herança de miscigenações do povo português, índios tupinambás e negros africanos.
- Localização privilegiada às margens do rio Guamá, com acesso aéreo facilitado pelo Aeroporto Internacional de Val de Cans, acesso rodoviário pelas BR 316 e BR 010, além de acesso fluvial devido à sua proximidade com os rios Amazonas e com o Oceano Atlântico.
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