terça-feira, 31 de julho de 2012

Mapeamento Cultural

Alunos, pesquisadores, comunidades Borari, Bragantinae de
Marituba no lançamento, pelo Prodetur e Paratur, do livro
Aritapera: Terra, Água, Mulheres e Cuias”

A Paratur (Companhia Paraense de Turismo) lança no próximo dia 16, em Santarém, o livro Aritapera: Terra, Água, Mulheres e Cuias", de autoria do antropólogo Antônio Maria Santos, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi contratado pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Pará) para colaborar com o Mapeamento Cultural da regiões turísticas do Tapajós (Santarém, Belterra e Oriximiná), Belém e Marajós (Soure e Salvaterra). O lançamento vai ser na própria comunidade de Aritapera.


Texto e Foto: Benigna Soares - GEC-Paratur

Pesquisas em turismo incentivam investidores no Pará

Os atrativos da capital paraense foram destaque em pesquisa
voltada para o turismo
A principal estratégia para que um destino possa atrair cada vez mais turistas é o conhecimento, por parte dos investidores, do perfil dos visitantes. Seguindo esta lógica, uma pesquisa inédita do Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Confederação Nacional do Turismo (CNtur) traçou um perfil dos turistas e das ofertas de segmentos do turismo no Brasil. O estudo foi realizado nas cidades de São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Salvador e Belém, visando disponibilizar informações importantes para a elaboração de planos de comunicação, comercialização e formatação de produtos e serviços turísticos.
 
Os resultados evidenciaram, por exemplo, que o turista brasileiro tem a qualidade do atendimento como elemento fundamental para sua satisfação em uma experiência de viagem. A gastronomia também é apontada como um dos principais aspectos de diferenciação dos destinos e prazer dos turistas. A pesquisa mostra, entretanto, que os turistas brasileiros ainda tem percepção negativa quanto a alguns pontos do turismo no país, como o preço elevado da viagem, e desejam melhorias na relação com os prestadores de serviços do setor.
Consciente da importância do conhecimento do perfil dos turistas que visitam o Pará, que podem chegar a 1 milhão de visitantes em 2012, superando os 770 mil que estiveram no estado em 2011, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e a Companhia Paraense de Turismo (Paratur) também utilizam a mesma estratégia. Pelo menos 7 pesquisas subsidiaram o Plano Ver-o-Pará (Plano Estratégico de Turismo do Pará), lançado ano passado pelo Governo do Estado. Como resultado dessas pesquisas foram identificados, por exemplo, a avaliação do destino Pará, o grau de satisfação dos turistas, a situação da comercialização do destino no mercado nacional e internacional. Na mesma perspectiva também foram pesquisadas a cor e a palavra que melhor identificam o Pará, o que foi fundamental para a criação da marca turística do estado, inspirada na cor e derivados do açaí e em aspectos das culturas marajoara, tapajônica e araguaia, a partir de grafismos dessas culturas.
P e s q u i s a s - Para complementar os dados do Plano Ver-o-Pará, o Governo do Estado, através da Setur, também vai implantar um novo sistema de estatísticas do turismo no Pará. A ação de implementação do sistema, que será feita pela Diretoria de Políticas Públicas Para o Turismo da Setur, envolve pesquisas de demanda e de mercado, eventos, aplicação de questionários nos PITs (postos de informações turísticas), observatório do turismo paraense, núcleos de estudos regionais do turismo, mapeamento dos meios de hospedagem, treinamento para produção de indicadores da hotelaria com os meios de hospedagem, produção de um banco de dados do turismo, entre outros dados.
Álvaro do Espírito Santo, diretor de Políticas Públicas para o Turismo, explica que entre 1980 e 2012 houve uma clara evolução na percepção do turismo como atividade econômica, já que antes a visão era de uma atividade de lazer de uma determinada classe social dominante, uma minoria privilegiada economicamente. “Isso fazia com que a política pública do turismo não priorizasse o turismo com investimentos públicos pelo receio de ser interpretado pela sociedade erradamente por privilegiar apenas essa classe social. Hoje a situação é diferente, o turismo é encarado como negócio, como atividade econômica importante. Um exemplo dessa mudança é o Prodetur (Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo), através do qual o gestor público pode captar recursos para estradas, saneamento, energia elétrica, entre outras melhorias que contribuem com o desenvolvimento do turismo”. Diz Álvaro.
Álvaro justifica a pesquisa como um instrumento capaz de mostrar para a sociedade a importância do setor para o desenvolvimento, inclusive sustentável, da economia do Brasil. “Para avançar nesse processo, o turismo como política pública tem a pesquisa como insumo para o gestor demonstrar que é muito bom para a sociedade ver o turismo como um bom negócio e que por isso deve receber recursos públicos”, justifica.
P r o m o ç ã o – O Ver-o Pará, por ser uma importante ferramenta de mercado que define o publico e os segmentos turísticos prioritários do destino, já tem trazido bons resultados. A Companhia Paraense de Turismo (Paratur), segundo a presidente Socorro Costa, já está trabalhando a promoção, divulgação e as estratégias de marketing dos cinco principais segmentos de produtos do turismo do Pará (natureza, cultura, sol e praia, eventos e negócios) com base nas sete pesquisas do Plano Ver-o-Pará. Os mercados nacionais e internacionais, alvos desse trabalho, também foram apontados por essas pesquisas que foram extensivas a estes mercados consumidores. “As novas pesquisas serão bem vindas e oportunas para intensificarmos essa promoção com segurança”, afirma.
A presidente informa ainda que agentes de viagens, empresas de transportes, grupos hoteleiros e outros investidores se sentem mais seguros ao escolher o Pará quando estão de posse desses dados.
I n v e s t i m e n t o s - Adenauer Góes, titular da Setur, anuncia que as pesquisas de demandas turísticas no segundo semestre começam no Pará já em agosto, pelo município de Paragominas durante a Feira Agropecuária. Em outubro e novembro acontecerão também em mais 11 municípios paraenses: Altamira, Marabá, Bragança, Salinópolis, Maracanã, Belterra, Santarém, Belém, Salvaterra, Soure e Conceição do Araguaia.
A partir de setembro serão realizadas pesquisas de eventos, a começar por Santarém, durante o tradicional festival do Sairé. Em Belém serão executadas em outubro, durante o Círio de Nazaré e em Marapanim, no Festival do Carimbó, em novembro. Bragança receberá os pesquisadores durante os festejos da Marujada, em dezembro.
“Os cursos de capacitação que visam a melhora na prestação do serviço no turismo já iniciaram também. Eles fazem parte do Macroprograma de qualificação da Setur, que vão envolver Belém e diversos municípios do Pará”. Complementa Adenauer, ao informar que em 2011 cerca de 1500 pessoas foram contempladas com o Programa de Qualificação Profissional no Turismo (PEQTUR), antes executado pela Paratur e agora integrado à Setur. “Até 2015 vamos qualificar cerca de 10.500 pessoas neste setor em várias áreas”. Diz Adenauer Góes.
Quanto às pesquisas Adenauer adianta que, a partir dessa nova metodologia, serão publicados boletins estatísticos trimestrais contendo informações econômicas do turismo, perfil de visitantes e indicadores da hotelaria. “Durante os primeiros anos da implantação do sistema a Setur conta com a consultoria da empresa espanhola Chias Marketing”. Complementa Adenauer, para quem “o empresário, que precisa ser estimulado a investir no Pará, é fundamental no processo de desenvolvimento do Estado, hoje divulgado com uma nova marca turística associada ao slogan Pará, a obra-prima da Amazônia.
Por: Benigna Soares e Wanderson Curcino (GEC-Paratur)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Prêmio de Jornalismo em Turismo intensifica divulgação do Pará


Estão abertas desde o dia 22 de junho as inscrições para a segunda edição do “Prêmio de Jornalismo em Turismo Comendador Marques dos Reis” que distribuirá mais de 100 mil reais em premiação, divididos em cinco categorias: jornalismo impresso, on-line, radiojornalismo, telejornalismo e fotojornalismo.

Poderão concorrer trabalhos jornalísticos veiculados no período de 1º de janeiro a 20 de novembro de 2012, no Brasil e em outros países, por meio de jornais, revistas, rádio, emissoras de televisão e sites de notícias, de acordo com a categoria. Os critérios de avaliação obedecerão aspectos como qualidade editorial, recursos, criatividade, inovação, estratégia utilizada, serviços e pesquisas de interesse do público-alvo.

A intenção do prêmio, segundo a presidente da Paratur, Socorro Costa, é atrair a atenção da mídia nacional e internacional para o turismo no Pará. Os trabalhos jornalísticos deverão divulgar os produtos turísticos do estado, presentes nas seis regiões turísticas: Belém, Marajó, Amazônia Atlântica, Araguaia-Tocantins, Xingu e Tapajós, abordando os segmentos turísticos: Natureza, Cultura, Sol e Praia, Eventos e Negócios, elencados no Ver-o-Pará, Plano Estratégico de Turismo lançado pelo Governo do Estado no ano passado.

A Diretora Regional Norte da Abrajet, Benigna Soares, explica que as matérias devem abordar um ou mais produtos turísticos presentes nos municípios considerados prioritários pelo Ver-o-Pará ou nos demais, dentre os 144 que fazem parte do estado. O enfoque deve contemplar a promoção de roteiros ou produtos, projetos, ações e demais aspectos turísticos desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento, ou promover eventos de relevante importância para o desenvolvimento do turismo no Pará.
Prêmio - O lançamento da primeira edição do prêmio ocorreu em 2006, durante a III Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita). Foram inscritos 120 trabalhos de profissionais que atuam em veículos de comunicação de todo o país. Esta segunda edição é uma realização do da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo do Estado do Pará (Abrajet Pará), com apoio da Secretaria de Estado de Turismo do Pará (Setur), Abrajet Nacional e Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor).
Homenageado - O Prêmio de Jornalismo em Turismo é uma homenagem ao Comendador Joaquim Marques dos Reis, uma das personalidades mais importantes para o turismo no Brasil e Portugal. Ele nasceu em Portugal, na Vilar Torpim. Aos 14 anos, já em Lisboa, embarcou no navio Anselmo para atravessar os mares em busca de um novo mundo. A chegada em Belém do Pará aconteceu em 26 de novembro de 1936. Em meados de 1948, ingressou no jornalismo, na extinta Folha do Norte, a convite de Paulo Maranhão, então dono do veículo. Por volta de 1954, Marques dos Reis passou a assinar uma página inteira chamada Terras de Portugal, na Folha do Norte.
Inscrições - As inscrições podem ser individuais ou coletivas e estão abertas até o dia 15 de dezembro, na Companhia Paraense de Turismo (Paratur). Informações, regulamento, notícias e ficha de inscrição estão disponíveis no blog do prêmio (http://premiodejornalismo.blogspot.com.br/) Os trabalhos podem ser entregues na Gerência de Comunicação da Paratur, na Praça Maestro Waldemar Henrique, S/N, no bairro do Reduto. O CEP para documentos postais é o 66.010-040 em Belém-Pará-Brasil.

E-mail: turismoparaense@gmail.com
Telefones: (+55 91) 3223-8193 / 3212-0575 / 3212-0669 ou 8842-8129
Texto: Fabrício Coleny - GEC Paratur



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pará é a opção de férias na Amazônia



Praça da República / Belém. Foto: Jean Barbosa
A Amazônia é, sem dúvida, um dos destinos turísticos mais desejados do mundo. É também na região onde encontramos o estado do Pará, considerado a obra-prima da Amazônia, que encanta pelas ricas manifestações culturais, gastronomia exótica, e belezas naturais. Agora com um Plano Estratégico de Turismo (Ver- o -Pará) executado pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e Secretaria de Estado de Turismo (Setur) o Estado vem se consolidando como o principal destino turístico da região.

Segundo o Plano Ver-o-Pará, o Estado possui cinco valores que o diferencia dos demais destinos: a originalidade, autenticidade, criatividade, diversidade e sustentabilidade. Exemplos que atestam esta singularidade são os vestígios das culturas marajoaras e tapajônicas, considerado os mais antigos registros do homem na Amazônia, além das festas populares como o Círio de Nazaré e a diversidade de ritmos e sabores que agora ganham o mundo.

E por fazer parte de uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, o Pará também tem investido na harmonia entre turismo e natureza. Programas como “Municípios Verdes” tirou o município de Paragominas de um histórico de desmatamento e agora é referencia nacional em sustentabilidade. Além disso mais da metade do território do estado é área protegida com 64 unidades de conservação e 43 terras indígenas demarcadas.

Acompanhe aqui as dicas da Paratur (Companhia Paraense de Turismo) para estas férias no Pará, formado por 144 municípios e seis regiões turísticos: Belém, Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia-Tocantins e Xingu.

Região de Belém
 
Mangal das Garças / Belém. Foto: Jean
Barbosa
Como quase 400 anos, Belém é marcada pela forte hibridez cultural e arquitetônica. No centro histórico, o antigo e o novo convivem harmoniosamente nos casarios e monumentos revitalizados, herança da colonização portuguesa. Aí está também o Complexo Feliz Lusitânia (que reúne a Catedral da Sé, Museu de Arte Sacra, Casa das 11 Janelas, Museu do Círio e Forte do Presépio), o Complexo do Ver-o-Peso e a Estação das Docas. Quem vem à capital paraense não pode deixar de conhecer também espaços como a Basílica de Nazaré, o Theatro da Paz, Mangal das Garças, Polo Joalheiro, Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, Museu Paraense Emílio Goeldi e Bioparque Amazônia, dentre outros. No entorno da cidade mais de 70 ilhas oferecem ao visitante a possibilidade de vivenciar o cotidiano ribeirinho das comunidades tradicionais. E ainda na região metropolitana, os balneários de Mosqueiro, Outeiro e Cotijuba muito procurados por veranistas.

Região do Marajó
 
Praia da Barra Velha / Soure. Foto: Jean Barbosa
O porto de Camará, no município de Salvaterra, é a porta de entrada para uma das mais belas regiões do estado. O Arquipélago do Marajó é composto por mais de três mil ilhotas distribuídas por mais de 50 mil quilômetros quadrados, banhadas pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Pará. Aqui o visitante encontra um roteiro que satisfaz tanto a quem busca pelo lazer quanto por relaxamento. São dezenas de praias de águas mornas, como a do Pesqueiro, em Soure - onde é possível fazer trilhas no mangue e passeios de canoa - e muitas vilas acolhedoras onde se encontra a tradicional cerâmica marajoara e s produtos feitos a partir da carne e leite de búfalo, animal considerado como um dos símbolos do Marajó, dada sua importância para a região, servindo inclusive de montaria para a polícia local.

Região do Tapajós
 
Alter-do-Chão / Santarém. Foto: Jean Barbosa
Na região Tapajós, o município de Santarém se destaca pelas belezas naturais, o artesanato, a gastronomia baseada no pescado de água doce, além de excelente estrutura hoteleira. Da orla da cidade é possível ver o fascinante encontro das águas do rio Tapajós com as do rio Amazonas. Há 38 quilômetros dali está a vila de Alter-do-Chão, margeada por praias de água de tom verde-esmeralda que deixam a paisagem com uma beleza singular. Em setembro, quando as águas baixam e revelam belas praias de água doce, a vila é invadida por centenas de turistas que vêm prestigiar o Sairé, principal manifestação cultural local.


Região da Amazônia Atlântica 
 
Praia de Marudá / Marapanim
Localizado na “Zonado Salgado”, no nordeste do Pará, a região da Amazônia Atlântica oferece cultura,folclore e belíssimas praias como Salinas, Marudá, Crispim, Ajuruteua e Algodoal. É também rota de turismo religioso e de lazer, atraindo milhares de pessoas aos municípios de Vigia – onde acontece o tradicional Círio de Nazaré,que ainda hoje se questiona ser mais antigo que o de Belém – e Bragança – que sedia a tradicional Festa de São Benedito e a Marujada, ritual que deu origem a um dos ritmos mais marcantes dessa região do estado, o retumbão. Outro destaque da região é o município de Tracuateua que sedia o Hotel Fazenda Vitória, onde funcionou um engenho do século XIX que atualmente atrai turistas pela tranquilidade e pelos passeios de canoa e prática de esportes de aventura. Ainda neste polo, outro ritmo marca fortemente as manifestações culturais: o carimbó praiano do município de Marapanim, que todos os anos sedia um grande festival sobre esta manifestação cultural. Eventos que vêm ganhando cada vez mais adeptos são o desfile de carnaval do bloco Pretinhos do Mangue, em Curuçáe o boi de máscaras de São Caetano de Odivelas - município conhecido como terrado caranguejo -, que reúne personagens caricatos como os “pirôs”, os cabeçudos e o Boi Tinga.

Região do Araguaia Tocantins 
 
Praia do rio Araguaia / Conceição do Araguaia. Foto:
Jean Barbosa
Formado por 52 municípios localizados em sua maioria ás proximidades dos rios Araguaia e Tocantins, a exemplo de Marabá. Próximo ao município, em meados de junho, a baixa do nível do rio Tocantins revela praias como as do Tucunaré e do Geladinho, acessíveis e ideais para quem gosta de sol e água doce. Já a pesca esportiva é o grande atrativo de Tucuruí, o de vários lagos oferecem opções para essa prática. O turismo Histórico é a alternativa em Conceição do Araguaia, onde é possível conhecer cenários que fizeram parte da guerrilha do Araguaia.

Região do Xingu
 
Com cenários intocados pelo homem, rios sinuosos e selva fechada, o polo Xingu oferece um excelente ambiente para aqueles que gostam de se aventurar em Ralys ou querem um contato maior com a natureza. Altamira, um dos maiores municípios do mundo em extensão territorial, é referencia na pesca esportiva e guarda vários locais com incontáveis riquezas arqueológicas, como na localidade de Prainha. Concentra também as maiores reservas indígenas do estado, além de florestas nacionais (Flonas) e outras áreas de proteção e conservação ambiental, com cachoeiras, corredeiras e lagos de águas claras.

Parque de Altamira. Foto: Jean Barbosa

Praça de Belém é destaque no portal do Mtur

A Praça da República, em Belém, foi um dos destaques de uma matéria no portal do Ministério do Turismo na última quarta-feira, dia 11. A reportagem, cujo título foi “Férias na Praça!”, chamou a atenção para estes espaços como opções nas férias sem sair do próprio estado. Segundo a reportagem a Praça da República “é o programa de muitos belenenses e turistas no domingo, quando vira palco de apresentações culturais como o carimbó e as guitarradas”. O texto destacou ainda as construções históricas que a praça abriga como o Teatro da Paz e o Monumento à República. Além do Pará, foram mencionados na matéria a Praça da Liberdade em Belo Horizonte (MG), Praça Nareu dos Ramos em Criciúma (SC) e Praça de Boa Viagem em Recife (PE).

Marajó receberá melhorias na infraestrutura de acesso turístico

Búfalos no Marajó. Foto: Adriana Vilhena
O Marajó, maior arquipélago fluvial e marítimo do mundo, é também uma das regiões turísticas que mais recebe visitante ao longo do ano no Pará, estado brasileiro que em 2012 estima receber um fluxo de quase um milhão de turistas, segundo o Setor de Estatísticas da Companhia Paraense de Turismo (Paratur). Os principais atrativos do Marajó, estruturados para bem receber os turistas, estão principalmente nos municípios de Soure, Salvaterra, Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari, que guardam o maior fluxo.

Uma das principais missões do Governo do Estado, por meio da recém criada Secretaria de Estado de Turismo (Setur) é garantir melhorias na acessibilidade dos turistas à região, cujas características geográficas, em especial a travessia da baía do Marajó, é um grande desafio aos gestores e também empresários do setor. Segundo Adenauer Góes, secretário estadual de Turismo, já foram feitas muitas iniciativas de se resolver o problema em especial do transporte, que exige embarcações apropriadas para a quantidade de passageiros, dentro de padrões de segurança para a navegabilidade da região e a com custos que atendam a realidade também da população local, que diariamente se desloca para a capital.

“Trabalhamos, por meio da Setur e da Paratur, em sintonia com outros parceiros, como a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) e outros órgãos que possuem atribuições ligadas a esse setor de infraestrutura e obras, visando melhorias nessa área. Um exemplo é o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur-Pará), através do qual estimamos investir US$ 22 milhões, resultado de captação junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)”. Explica Adenauer Góes, que em junho esteve reunido com dirigentes do BID e do Ministério do Turismo (MTUR), dando agilidade à negociação que deve ser formalizada no início deste semestre.

Adenauer explica que os investimentos, através do Prodetur, envolverão mapeamento cultural para aproveitamento no turismo, mas também outras áreas, a exemplo do transporte fluvial para ilha.

“Assinamos no ano passado um termo de cooperação entre Paratur e CPH com esse objetivo. É indiscutível que esse é um item extremamente importante para a atividade turística, e nós temos algumas questões que fazem parte da Agenda Mínima do governador Simão Jatene, como a acessibilidade para o Marajó. Estamos desenvolvendo um projeto de cooperação técnica no sentido de integrar as nossas ações e melhorar o transporte, incluindo os portos e as condições de mobilização dessas pessoas dentro das regiões”. Garante Adenauer.

Os recursos do Prodetur para o Marajó garantirão ainda a reforma e revitalização de trapiches e terminais de passageiros, pavimentação de estradas de acesso aos atrativos, construção de muros de arrimo e urbanização em praias fluviais, implantação de sistemas de esgotamento sanitário e água na sede dos municípios e a construção da ponte sobre o rio Paracauari, entre Soure e Salvaterra.

Certificação dos novos profissionais em Salvaterra
 Dando suporte aos investimentos em infraestrutura estão as ações de qualificação de profissionais e empresários na área do turismo. No ano passado 167 pessoas foram certificadas através do Programa de Qualificação Profissional do Turismo (PEQTUR), sendo deste total 73 profissionais em Soure e 94 em Salvaterra. Em 2011 o Programa certificou cerca de 1330 profissionais em 15 municípios visando oferecer cursos que contribuam para dar maior competitividade dos produtos e serviços oferecidos nos destinos. Ate 2015 a meta da Setur, com apoio da Paratur e de entidades parceiras, é qualificar mais de 10.500 pessoas em todo o Pará.

P o r t o s – Segundo Abraão Benassuly Neto, presidente da Companhia de Portos e Hidrovias (CPH), o órgão já realizou licitação para obras de reforma e adequação dos portos de Gurupá, município do Marajó e Porto de Moz. Dois novos processos licitatórios estão também abertos para obras nos portos de Barcarena e de São Sebastião da Boa Vista. “ A CPH já contratou uma empresa que entrega nos próximos dias o projeto de reforma e adequação do terminal hidroviário do Camará, em Salvaterra”. Explica Benassuly.

Região turística do Marajó – O Marajó, uma das principais regiões turísticas do Pará, é apontado pelo Plano Estratégico de Turismo do Pará (Ver-o-Pará) como prioridade para o desenvolvimento do turismo no estado. O porto de Camará, no município de Salvaterra, é a porta de entrada para a região que é composta por mais de três mil ilhotas distribuídas por mais de 50 mil quilômetros quadrados, banhadas pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Pará. 
Praia de Joanes - Salvaterra - Marajó. Foto: Jean Barbosa
No Marajó o visitante encontra um roteiro que satisfaz tanto a quem busca pelo lazer quanto por tranquilidade. São dezenas de praias de águas mornas, como a do Pesqueiro, em Soure - onde é possível fazer trilhas no mangue e passeios de canoa - e muitas vilas acolhedoras onde se encontra a tradicional cerâmica marajoara e produtos feitos a partir da carne e leite de búfalo, animal considerado como um dos símbolos do Marajó, dada sua importância para a região, servindo inclusive de montaria para a polícia local. Entre as principais cidades da região estão Salvaterra, Soure, Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari.

O Marajó pode ser visitado o ano todo, pois o espetáculo da natureza que acontece no período chuvoso, em que a vegetação fica mais verde, os campos alagados mais bonitos, se repete no verão, em que as praias, a maioria aproveitáveis o ano todo, ficam mais amplas e encantadoras. Muitas fazendas abrem suas porteiras para o turismo rural, em que vivenciar a rotina de vida das famílias marajoaras, a luta do vaqueiro, as danças típicas, a gastronomia farta e carregada de tradições culturais, também são convites para quem quer apreciar a vida no Marajó, que dá ao Pará status de a obra-prima da Amazônia.

Saiba mais em www.paraturismo.pa.gov.br ou www.turismoparaense.blogspot.com

Texto: Benigna Soares e Wanderson Curcino - GECV/Paratur

Setur e Sebrae garantem qualificação profissional em 16 municípios do Pará

Adenauer Góes (Secretário da Setur)
Com o objetivo de qualificar profissionalmente 595 micro e pequenos empresários na área do turismo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur)  e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-PA) assinaram um termo de cooperação técnica na manhã desta terça-feira, dia 10, na sede do Sebrae em Belém. A cerimônia contou com a presença de representantes do trade turístico do Pará, ligados ao Fórum de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará (Fomentur), Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e gestores municipais de turismo do Pará.
“O objetivo principal é o de melhorar a compreensão do empresariado sobre  a importância de se qualificar,  contribuindo para que este empresário tenha competitividade no mercado”.  Explicou  o secretário estadual de Turismo do Pará, Adenauer Góes.   O termo firmado com o Sebrae visa dar seqüência às ações do Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQTur), que até 2015 vai qualificar cerca de 10.500 profissionais que trabalham com o turismo direta ou indiretamente em todo o Pará. Adenauer afirma que o PEQTur faz parte do Plano “Ver – o – Pará” – Plano Estratégico de Turismo do Pará, que visa fortalecer o destino paraense e  fazer com que a atividade turística traga emprego e renda ao nosso Estado.
O superintendente do Sebrae Pará, Vilson Schuber afirmou que a assinatura do  termo de cooperação com a Setur visa a qualificação de profissionais fazendo com que eles se enquadrem como micro empreendedores individuais na área  do turismo.  “O turista quer, em suma, ser muito bem atendido , então no momento em que a Setur se preocupa em ensinar como arrumar uma cama, como organizar os talheres na mesa, a preparação e apresentação dos alimentos, o atendimento aos clientes, podemos ver que o Pará retoma um cuidado especial para com a área do turismo”, acrescentou o superintendente do Sebrae Pará, que já mantém outras parcerias com o governo do Estado, por meio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), visando sensibilização, qualificação, promoção e outras ações voltadas ao turismo do Pará.
Esta qualificação profissional também contribui com as ações do Governo do Estado, por meio da Paratur, na promoção dos produtos turísticos do Pará, uma vez que visa a competitividade do empresariado local o que garante a qualidade dos serviços prestados e produtos oferecidos.
Segundo Elinéia Ruth, coordenadora do PEQTUR na Setur,  “o programa está no seu segundo ano de execução com a qualificação, em 2011, de mais de 1300 profissionais ligados ao turismo em 16 municípios do Pará”. Afirmou Ruth, ao explicar que neste convênio  com o Sebrae vão ser  atendidos mais 595 profissionais em 16 municípios das seis regiões turísticas do Pará: Belém, Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia Tocantins e Xingu.
Os principais cursos que serão disponibilizados são: gestão para negócios turísticos, empreendedorismo, informações turísticas, atendimento ao cliente para taxistas e formação de preços e custos. Os municípios contemplados são: Belém, Mosqueiro, Conceição do Araguaia, Barcarena, Marabá, Tucuruí, Cametá, Parauapebas, Oriximiná, Belterra, Santarém, Salinópolis, Curuça, Paragominas, Salvaterra, Soure e Altamira.

Além do Secretário de Estado de  Turismos do Pará, Adenauer Góes,  e do superintendente do Sebrae Pará, Vilson Schuber, participaram da cerimônia de assinatura  a diretora técnica do Sebrae Pará, Suleima Pegado, Edith Nóbrega,  presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Pará (Abrasel), o diretor executivo da Fiepa Ivanildo Pontes, o assessor da prefeitura de Barcarena, Laudinaldo Nunes, que representou as secretarias dos municípios a serem contemplados pelo PEQTUR.
Além dos cursos de qualificação, que vão acontecer de agosto a dezembro deste ano, nos próprios municípios, os participantes vão ser contemplados com uma viagem de benchmarkin a  destinos modelos que se destacam no turismo  paraense  e/ou brasileiro, além de participação em um workshop visando troca de experiências vivenciadas pelos participantes dos cursos.
 
 TEXTO: WANDERSON CURCINO E BENIGNA SOARES - GECV PARATUR

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cultura de Santarém entra no mapeamento cultural do Prodetur Pará

Por: Benigna Soares - Paratur/Abrajet

Procissão fluvial de São Pedro no rio Tapajós em
 Alter-do-Chão,  Santarém-Pa
A paisagem do Tapajós, em diversos municípios às margens desse rio amazônico que dá nome a uma das mais ricas e belas regiões turísticas do Pará, virou cenário na última sexta-feira, dia 29, das procissões de São Pedro, celebradas em todo o Brasil, em países cristão e outros influenciados pela religião católica. Marcados por arraiás, comidas típicas, danças de quadrilhas juninas e outras atividades, no Tapajós, mais especialmente na vila santarena de Alter-do-Chão, um novo ritual encanta turistas e nativos. É a procissão fluvial, que envolve dezenas de embarcações enfeitadas, que além da imagem de São Pedro transportam ribeirinhos que vivem em comunidades no entorno da vila, entre eles de Aritapera, Pindobal e da sede de Santarém. O ritual, engrandecido com batuques de carimbo e outros ritmos tocados por uma banda de música no barco que transporta a imagem, é assistido por turistas de todo o Brasil e muitos do exterior.

Ribeirinhos Borari se misturam aos turistas durante procissão
“As manifestações culturais precisam ser preservadas no sentido da sua originalidade e tradição. As de origem religiosa são representações importantes do nosso Estado, principalmente as relacionadas com nossos rios, por que refletem a relação direta das comunidades com as águas”. Disse Márcia Bastos, coordenadora do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), executado no Pará pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), com apoio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Márcia está na região do Tapajós justamente fazendo mapeamento cultural de manifestações culturais e produções artesanais, entre outros, em comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas, visando a inclusão em roteiros turísticos. “Um exemplo dessa relação entre as águas e as tradições culturais é o Círio de Nazaré em Belém e os pequenos círios, como o de São Pedro, em Alter-do Chão. Vale ressaltar que os rios Tapajós e Amazonas estão intrinsecamente relacionados ao modo de vida das comunidades locais, a exemplo da comunidade de Aritapera, que faz parte do campo de mapeamento do Prodetur, onde as famílias desenvolvem suas atividades em dois tempos diferentes, durante o verão e durante as cheias do Amazonas”. Explica Márcia ao informar que em Aritapera se destacam as mulheres artesãs que produzem cuias, hoje um patrimônio cultural do Pará.

O assunto vem sendo discutido no Tapajós desde a última terça-feira, dia 26, quando através de um workshop a equipe do Prodetur apresentou o andamento do projeto às comunidades indígenas de Bragança e Marituba, onde vivem índios munduruku em Belterra.

Alunos, pesquisadores, comunidades Borari, Bragantina e
 de Marituba no lançamento, pelo Prodetur e Paratur,
do livro Aritapera: Terra, Água, Mulheres e Cuias”
Na sexta o workshop foi realizado na sede do Sebrae em Santarém, para representantes da comunidade de Aritapera, associações de artesãos, entre outros. “A proposta é incentivar o turismo de base comunitária, mas de forma sustentável, nas comunidades indígenas e quilombolas. O programa visa resgatar o maior número de lendas, mitos, produções literárias, acervo antropológico”. Informou Vladmir Barbosa, técnico do Prodetur, ao explicar que centros de referência também estão previstos para serem construídos a partir da parceria com as comunidades locais e que outros devem entrar no inventário turístico do Programa, a exemplo do “João Flona” e do “Dica Frazão”, guardiões do patrimônio cultural e de artesanato do Tapajós, localizado em  Santarém.
 
Participaram do workshop, representantes do Sebrae, da população Borari, da Prefeitura de Santarém, Secretaria Municipal de Produção Familiar, da Universidade Federal do Tapajós (Ufopa), Associação de Artesãs Ribeirinhas de Aritapera (Asarisan), além de estudantes da Ufopa que contribuíram com a edição do livro Aritapera: Terra, Água, Mulheres e Cuias”, lançado dia 23 de junho em Belém durante a Feira Internacional de Turismo da Amazônia (Fita) e relançado durante o workshop no Sebrae. Organizado pelo Antropólogo Antônio Maria Santos, do Museu Paraense Emílio Goeldi, o livro é o primeiro resultado do Mapeamento Cultural do Prodetur no Tapajós.

Setur e Paratur querem aproximar cada vez mais os
 turistas das comunidades e aumentar a permanência em
destinos indutores como o Tapajós
Entre os estudantes que contribuíram com o trabalho está Andrea Gizelle Costa, de 29 anos, orgulhosa em ter contribuído com a pesquisa que resultou no livro, com o artigo Iconografia atualizada das cuias do Aritapera”. Estudei o padrão decorativo das cuias antes de depois da intervenção dos antropólogos”. Disse a estudante.

Também contribuíram com artigos para o livro Igor Cunha, Judith Vieira, Zenilda Bentes, Jeferson Sampaio Júnior e Ádria de Souza, todos alunos da Ufopa.
 
Também contribuiu com a obra Rubia Goreth Almeida Maduro, 26 anos, filha da própria comunidade de Aritapera. Mais do que fazer parte da obra ela pode expressar, com a experiência de quem faz parte do cotidiano da comunidade, as tradições das mulheres artesãs de Arirapera. “A mesma terra que tem solo fértil para a cuieira, árvore nativa da área de várzea, também vive a dinâmica da sazonalidade – enchente e vazante dos rios – cada ano mais freqüente e com cheias ainda maiores, que fortalecem ainda mais as mulheres a se tornarem mais resistentes em relação às condições naturais, bem como ao trabalho, artesanal que tem uma ligação simbólica com o elemento feminino: terra-água-mulher-cuia”. Relata Gorethi, no artigo “A Cuia Nossa de Cada Dia”, feliz com o resultado da obra que inspirou.

A professora Luciana Carvalho ensina Antropologia na Ufopa, mas desde 2002 entrou em contato com Aritapera, a serviço do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Rio de Janeiro. “Acho que o grande ganho do livro é ter a participação dos estudantes. Eles leram Antônio Maria sem imaginar que um dia iriam conhecê-lo, ou publicar com ele”. Relata Luciana ao narrar a evolução do trabalho das artesãs de Aritapera, que já viu vender uma dúzia de cuias por três reais e hoje vendem apenas uma pelo mesmo valor e até por muito mais, uma valoração que permitiu que em vez de expor seus produtos de qualquer forma, em qualquer lugar hoje são capazes de expor como obra de arte, com valor simbólico, cultural e econômico em grandes museus do Rio de Janeiro e do Mundo.

Sobre a inclusão desse tipo de produção e manifestação cultural no turismo de base comunitária, objetivo do Prodetur e do Governo do Pará, Luciana afirma que o Antropólogo pode ser um mediador, a medida que auxilia na interlocução das comunidades com outros setores, a exemplo do turismo. “Se a comunidade entender que assim é”. Conclui Luciana ao explicar que embora o turismo e antropologia não mantenham relação direta, a Antropologia tem desenvolvido pesquisas na área do turismo.

Equipe do Prodetur leva workshop a diversas
comunidades  de Belém, Marajó e Tapajós
 ALTER-DO-CHÃO – Ainda em Alter do Chão a temática do mapeamento cultural do Prodetur foi apresentada ao empresariado da hotelaria na tarde da última sexta-feira, dia 29, no Belo Alter Hotel. Márcia Bastos falou aos mais de 20 participantes da reunião sobre a importância do diálogo com toda a sociedade para que as ações previstas no Prodetur possam trazer bons resultados a todos. Márcia ressaltou que o Prodetur prevê recursos de 44 milhões de dólares oriundos de financiamento pleiteado pelo Governo do Estado junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) a serem investidos em Belém, Marajó e Tapajós. Acrescentou que além de obras de infraestrutura, como o Centro de Convenções de Santarém, recursos do Estado, está previsto, através do Prodetur, um Observatório de Turismo para o Tapajós, que englobará também resultado de pesquisas no turismo desenvolvidas localmente.

Turismo de Santarém premiado pelo MTur pela excelência
no  monitoramento, marketing e cooperação regional do
 Destino Indutor do Turismo
Irene Belo, proprietária do Belo Alter e membro do Convention & Visitors Bureau do Tapajós, apresentou na oportunidade as três premiações conquistadas pelo pólo junto ao Ministério do Turismo, através do programa 65 Destinos Indutores do Turismo (MTUR), executado com apoio do Sebrae Nacional e da Fundação Getúlio Vargas. Santarém foi premiada nas categorias Cooperação Regional, Marketing e Promoção do Destino e Monitoramento”. O resultado do desempenho do município nesse e em outros programas foi apresentado ao trade pelo assessor da Secretaria Municipal de Turismo de Santarém. Entre os participantes estavam dirigentes de vários hotéis e pousadas, entre eles do Hotel Mirante da Ilha.

Na tarde de sábado, no Centro de Convivência do Idoso, o workshop foi apresentado à comunidade Borari. Artesãos, catraeieiros, empresários de pousadas, lancheiros e outros que buscam qualificação profissional participaram do evento. Além de apresentar as ações previstas para mapeamento cultural e observatório do turismo através do Prodetur, a equipe da Paratur e Setur apresentou o Programa Estadual de Qualificação Profissional no Turismo (PEQTUR), através do qual o Governo do Estado, seguindo direcionamentos do Plano Ver-o-Pará pretende qualificar mais de 10.500 pessoas até 2015 que atuam direta e indiretamente com o turismo. Para este segundo semestre o plano deve beneficiar cerca de 1.500 trabalhadores.



Artesãs, lancheiros, catraieiros e outros profissionais
de Santarém celebram a chegada do Prodetur  e
PEQTur no Tapajós
 O workshop Prodetur, já foi realizado pela Paratur e Setur este mês no arquipélago do Marajó, em Belém, Icoaraci e Cotijuba, Além de Santarém e Belterra. A partir desta segunda-feira vão realizar nas aldeias indígenas da etnia Way Way, e na comunidade quilombola Cachoeira do Chuvisco, em Oriximiná. Socorro Costa, presidente da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), explica que o resultado desse trabalho vai garantir novos produtos, mais atraentes aos turistas que buscam a vivência nas camunidades. "O turismo de base comunitária vem sendo cada vez mais procurados. A Paratur quer mapeá-los e, ao promovê-los,  tornar nosso estado ainda mais competitivo". Garante.


A floresta encantada, em Alter-do-Chão é um atraivo
 natural   irresstível em tempos de cheias do rio Tapajós
 Adenauer Góes, Secretário de Turismo do Pará, diz que o mapemanto cultural, a qualificação da mão de obra e o observatório do turismo também são metas da Setur que visam o cumprimento do papel do Estado de dialogar e estar próximo dessas comunidades. "Gerar emprego, renda e qualidade de vida aos paraenses e aqueles que noso visitam é a meta principal do Governo do Estado ao priorizar o turismo como atividade econômica". Garante Adenauer, ao explicar que as ações estão todas direcionadas no Plano Estratégico de Turismo Ver-o-Pará, lançado em 2011 pelo Governador Simão Jatene, quando também criou a Setur.

Fotos: Benigna Soares: Paratur/Abrajet

Workshop Prodetur chega às ilhas e região distrital de Belém

Acontece desde a última quarta-feira dia 27, na região das ilhas e distrital de Belém o VI Workshop do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), desenvolvido pelo Ministério do Turismo e executado no Pará pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur) com apoio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur). A iniciativa visa apresentar as comunidades das ilhas do Combú, Cotijuba, Mosqueiro e distrito de Icoaraci o atual andamento do programa.

“Os R$ 6,6 milhões que o vão ser destinados ao pólo turístico de Belém serão investidos prioritariamente nas ilhas do Combú, Cotijuba, Mosqueiro e área distrital de Icoarací.” diz Ariel Costa do Prodetur. A justificativa são os dados levantados pelo Plano Estratégico de Turismo do Pará – Ver-o- Pará, apontam que cerca de 15% dos produtos turísticos de Belém se destinam à região das ilhas da cidade e que elas se destacam por possuírem cenários amazônicos de qualidade e fácil acesso em relação a capital.

A equipe executora do Prodetur Pará também anunciou os principais pontos de investimentos do programa, como obras de infraestrutura, como melhoramento de estradas, construções de terminais hidroviários e construção de um sistema de abastecimento de água para as ilhas do Combú, Cotijuba e Mosqueiro, fortalecimento institucional, promoção e marketing e avaliação e gestão ambiental.Haverá ainda o mapeamento cultural e imaterial destas comunidades, a exemplo do que já vem acontecendo no pólo turistico do tapajós com o lançamento do livro “Aritapera: Terra, Água, Mulheres & Cuias”, que resgata a memória e a tradição do artesanato de cuias na região.

Prazeres Quaresma, que administra o restaurante “Saudosa Maloca” na ilha do Combú, conta que a comunidade espera com muita ansiedade a vinda destes investimentos, principalmente os que serão aplicados com o abastecimento de água. “É muito difícil você desenvolver o turismo em uma comunidade se você não tem saúde, e o abastecimento de água adequado está relacionado a isso por que você vai poder preparar os alimentos com mais segurança e oferecer um produto de melhor qualidade pro visitante”. explica.

Qualificação - Juntamente com os investimentos de infraestrutura turística, serão executadas ainda, nestas regiões, ações do Programa de Estadual de Qualificação Profissional do Turismo, que pretende qualificar 10500 pessoas em 68 municípios até o final de 2015. “Estes cursos de qualificação nas ilhas de Belém serão focados para o receptivo turístico” disse Jean Barbosa do Núcleo de Registro e Qualidade da Paratur (NRQ). Ele informa, porém, que as demandas de cursos de qualificação serão apontadas pelos próprios moradores através de um formulário distribuído durante os workshops para representantes das comunidades atingidos pelo programa.

O Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur-Pará) prevê investimentos de US$ 44 milhões sendo que US$ 26,4 milhões são do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), como fonte externa, e US$ 17,6 milhões do MTur e do Governo do Pará, como contrapartida do acordo a ser firmado. Desse total, US$ 6,6 milhões serão destinados ao Polo Belém, US$ 15,4 milhões ao polo Tapajós e US$ 22 milhões ao polo Marajó.

O IV Workshop Prodetur – Salvaguarda Social e Ambiental do Programa começou em Belém pela ilha do Combú, no dia 27, e pelas ilhas de Cotijuba e distrito de Icoaraci no dia 28. O workshop agora segue para a ilha de Mosqueiro, no dia 02.

Estiveram presentes nos workshops representantes da SEMA, Belemtur, IPHAM, Sistema Patrimonial da União, Parque Ambiental do Utinga e Parque Ambiental de Belém.

Texto: Wanderson Curcino – GECV Paratur